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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

P29BR 29ER BIKE TEST / SCOTT Genius 730

Um modelo emblemático, agora totalmente repaginado e equipado com rodas de 27.5 polegadas.

Há quase dez anos, mais precisamente em 2003, Thomas Frischknecht, lenda viva do Mountain Biking e agora Team Manager da Equipe SCOTT-Swisspower, vencia em casa a edição inaugural do Campeonato Mundial de Maratona. Além do feito por si só relevante, a vitória do piloto suíço foi o primeiro título mundial de uma bike com suspensão integral e ficou marcada por um outro fato inédito, até hoje o único triunfo de um modelo com 120mm de curso em competições do gênero promovidas pela UCI. Na ocasião Frischi pedalou um exemplar da recém-lançada SCOTT Genius.


De lá para cá, a Genius, hoje plataforma "all mountain" na linha da SCOTT, foi sendo atualizada ao longo dos anos, contudo nada tão radical quanto a completa reformulação pela qual acaba de passar. Para 2013 seu sistema de suspensão traseira foi inteiramente redesenhado. A SCOTT abandonou o amortecedor de funcionamento invertido do tipo "pull shock" em favor de um modelo mais tradicional, seguindo o padrão adotado na linha Spark a partir de 2012. Como resultado, uma considerável diminuição no peso do conjunto e um amortecedor de configuração bastante facilitada, qualidades que associadas a outras características-chave do rojeto, modificaram drasticamente, para muito melhor, o desempenho da nova versão da SCOTT Genius.


Não bastassem todas as mudanças no design, a partir de um movimento que se inicia pela linha Genius, a SCOTT começa a deixar de lado o aro 26 e passa a apostar nas rodas de 27.5 polegadas, padrão que invade o mercado com uma força surpreendente. Segundo Benoit Grelier, engenheiro chefe da SCOTT Sports, a ideia por trás do formato de tamanho intermediário, também conhecido como 650B, é proporcionar um desempenho superior aos pilotos ainda orientados ao uso de mountain bikes com rodas de 26 polegadas, sem que essa mudança possa gerar qualquer tipo de comprometimento em relação às características ideais de geometria, peso e rigidez. A tendência na SCOTT é, a partir de 2013, iniciar uma substituição gradual do aro 26 em seus modelos de performance. Apenas para ilustrar, Nino Schurter ganhou praticamente tudo em 2012 a bordo de um protótipo da futura Scale 700 que chega ao mercado como quadro avulso até meados deste ano. A Genius está disponível também na versão 900 equipada com rodas de 29 polegadas.


A linha Genius 700 é composta por 3 modelos produzidos com quadro em carbono e outros 3, sendo um feminino, em alumínio, onde está inserida a Genius 730 testada pelo P29BR. O quadro fabricado em liga de alumínio 6061 é tão bem acabado que num primeiro momento o desavisado pode imaginar se tratar de fibra de carbono. A SCOTT Genius 730 conta com 150mm de curso máximo tanto na suspensão dianteira, uma FOX Talas 34, quanto no amortecedor traseiro, o renovado SCOTT DT Nude2, 200 gramas mais leve que sua versão anterior. O head tube é conificado, como esperado, e o central segue o padrão PF BB92. A transmissão Shimano de 30 velocidades é um mix de componentes XT e SLX, incluindo o novo câmbio traseiro XT Shadow Plus. Destaque também para o sistema de gancheiras intercambiáveis IDS-SL, que permite o uso de todos os principais padrões disponíveis para rodas traseiras, ou seja, o rígido eixo passante 142x12mm, com o qual a bike de testes veio montada de fábrica, além das opções de 135x12mm e o tradicional 135x9mm. Some-se a tudo isso o Chain Blocker (protetor de quadro) instalado na concha do movimento central, peça que ainda pode dar lugar uma guia de corrente padrão ISCG5. No quadro da Genius há espaço para um único suporte de caramanhola.

O lema da SCOTT, "Inovação, Tecnologia e Design", está refletido de maneira tão clara na nova Genius, que antes de qualquer coisa fica difícil deixar de lado uma explicação técnica detalhada a respeito da bike tamanha a tecnologia embarcada. Claramente inspirada no projeto da remodelada Spark lançada no ano de 2012, a Genius de 2013 compartilha com a primeira o kit de rolamentos dos pivôs. O espaçamento entre esses rolamentos foi aumentado em 20% por conta do curso consideravelmente maior, o intuito primordial é oferecer rigidez adicional nos pontos de união entre as partes móveis do novo sistema de suspensão, que passa a utilizar um amortecedor traseiro com dimensões padrão de mercado, instalado agora numa posição mais protegida. O robusto Mono U-Link, estrutura em peça única impecavelmente usinada, faz a conexão do amortecedor Nude 2 com a balança traseira e oferece a possibilidade de um ajuste fino na geometria da bike através de um sistema excêntrico de montagem capaz de alterar os ângulos de direção e do canote de selim, além da altura do movimento central em relação ao solo, conferindo à trailbike da SCOTT duas personalidades distintas e bem definidas, bastando para esse ajuste uma simples chave Torx 25, a mesma utilizada nos parafusos dos rotores de freio.


Apesar de tudo, a alma da nova Genius está mesmo na última geração da Tecnologia TwinLoc. Uma alavanca no guidão controla simultaneamente o curso do amortecedor traseiro e o comportamento da suspensão dianteira. São 3 modos distintos de funcionamento, batizados de LTD (Lock, Traction, Descend), ou seja, um modo de "Travamento", outro de "Tração" e um último dedicado às "Descidas". Não somente por conta de sua sigla, o LTD guarda grande similaridade com o conceito do novo CTD da FOX, contudo o sistema da SCOTT, que foi desenvolvido pelo menos um ano antes e está presente também na plataforma Spark, vai além e tem como grande diferencial o fato de possuir a capacidade de alterar em movimento geometria da bike.

Não escondo que sempre fui adepto de modelos projetados com suspensões ditas inteligentes, aquelas do tipo regule e esqueça, que possuem um sistema de plataforma estável capaz, por exemplo, de "identificar" quando um esforço aplicado sobre o amortecedor vem de uma ondulação do terreno ou de um input do próprio piloto, modificando de maneira automática o comportamento da bike que pode passar de uma full suspension destravada a uma autêntica hardtail rígida. Na SCOTT, ao contrário, por intermédio da alavanca TwinLoc, o piloto terá nas mãos uma bike rígida apenas quando efetivamente desejar, contando com a possibilidade de escolher o momento ideal para que isso ocorra. Posso dizer que a geração 2013 do TwionLoc foi a responsável por modificar algumas das minhas convicções.


O amortecedor SCOTT DT Nude2, agora com válvulas de compressão aperfeiçoadas e dupla câmara de ar positiva, foi desenvolvido de forma que o ajuste de retorno não interfira em suas características de compressão. Com o TwinLoc em modo "Descend" (Descidas), o sistema de suspensões da nova Genius opera completamente destravado, situação em que o amortecedor traseiro utiliza simultaneamente as duas câmaras positivas disponíveis, trabalhando com um maior volume de ar para prover efetivos 150mm de curso.

Em sua posição intermediária, a alavanca TwinLoc aciona o exclusivo modo "Traction" (Tração), instante em o amortecedor passa a funcionar com apenas uma de suas duas câmaras de ar e o garfo torna-se mais firme, ajustes que alteram não somente as propriedades de amortecimento e curso das suspensões, que passa a ser de 100mm, como também a própria geometria da bike. A "magia" na nova Genius consiste em atrasar o ponto de SAG no SCOTT DT Nude2 de modo que o head angle aumente 0.5 grau e o seat angle cresça 0.6 grau, elevando o central em 8mm, comportamento único que faz toda a diferença na hora de encarar as subidas mais fortes a bordo de uma trailbike como esta. Com os ângulos da bike mais verticais, o peso do piloto fica melhor distribuído e menos concentrado sobre a roda traseira, "curando" um dos problemas recorrentes nas full suspensions de grande curso.

Por fim, com a alavanca TwinLoc em sua posição mais avançada, o modo "Lock" (Travamento) bloqueia garfo e amortecedor. Ambos podem se auto-liberar momentaneamente na incidência de um impacto mais forte, um vez que contam com válvulas de "blow off".

No momento de calibrar o amortecedor traseiro, recorri ao SCOTT Suspension Setup, uma útil ferramenta disponibilizada na web (http://assets.scott-sports.com.s3.amazonaws.com/suspension_setup_tool/index.html) que permite ao proprietário de qualquer full suspension da marca encontrar facilmente um ponto de partida para a configuração inicial. Os 110psi recomendados pelo aplicativo se mostraram adequados a meu estilo de pilotagem, me permitindo utilizar integralmente o curso do amortecedor Nude 2, versão mais responsiva e de melhor sensibilidade já produzida pela DT Swiss. Como a suspensão dianteira da Genius 730, uma FOX 34 Talas 650b Evolution CTD Air, é um modelo OEM, falta informação específica sobre ela no site do fabricante, sendo assim, após alguma experimentação, obtive os melhores resultados em termos de desempenho com um SAG um pouco maior que de costume, utilizei algo em torno de 30% ou 45mm.


Pois bem, terminado o longo - mas necessário - "briefing", era hora de colocar a bike na trilha para o trabalho pesado. Logo de início, pode até assustar o número de conduítes chegando ao guidão, são nada a menos que sete controles diferentes à disposição do piloto. Guardando-se as devidas proporções, o cockpit da Genius lembra o de um carro de Fórmula 1 tamanha a diversidade de ajustes oferecidos, contudo bastam alguns quilômetros para a operação de tantos comandos se tornar cada vez mais intuitiva e até divertida. Entre os controles instalados no largo guidão Syncros FL15 da bike de testes está incluída a alavanca remota de ajuste de altura do canote telescópico, item que não aparece entre os componentes de linha da Genius 730, mas pode ser considerado um upgrade quase que fundamental para aqueles que desejam tirar o máximo da bike em termos de performance, principalmente nas descidas e trechos mais técnicos, por isso ao invés de apenas recomendar, o P29BR preferiu se adiantar e montar na Genius o HiLo da X-Fusion, até mesmo porque que o quadro da SCOTT já vem preparado para receber um canote telescópico. Apesar do quadro de alumínio não contar com roteamento interno, todos os conduítes correm de maneira extremamente organizada através das guias instaladas na parte inferior do downtube.


Talvez muitos dos blog-leitores do P29BR estejam realmente ávidos por saber o que alguém com um repertório de 6 anos pedalando apenas 29ers tem a dizer a respeito do desempenho das rodas de 27.5 polegadas que equipam a Genius 730. Por conta do seu peso de 14Kg, a bike não acelera de maneira tão rápida quanto se poderia esperar, contudo bastaram os primeiros singletracks sinuosos para que a facilidade em fazer curvas se tornasse clara, o ótimo sistema de suspensões e própria geometria da Genius certamente ajudaram. Talvez pela necessidade de usar de um pouco mais de força no momento de girar o guidão pilotando uma aro 29, muitas vezes exagerei nas curvas, me perdi em algumas delas e sofri mais quedas com a 27.5" que de costume. Nas subidas acidentadas não houve um ganho evidente, até porque em termos de tração o desempenho das rodas de tamanho intermediário tende muito mais ao aro 26 do que ao 29. Por outro lado, nas descidas fortes a bike se mostrou rápida de verdade, pelo menos até o momento de cruzar um rock garden ou transpor obstáculos maiores, quando fica clara a superioridade das rodas de 29 polegadas, que inclusive proporcionam segurança adicional ao piloto.

Vencer as seções mais técnicas e íngremes com o TwinLoc setado em modo de Descidas, evidenciou as qualidades do novo sistema de suspensões da Genius, agora totalmente ativo, ou seja, a suspensão traseira não sofre interferência dos esforços de frenagem, isso graças ao novo posicionamento do amortecedor traseiro em linha com os seat stays e, principalmente por conta da localização do suporte de freio traseiro Direct Post Mount 180 no chain stay da bike. Sem dúvida o avanço há tempos esperado, é uma bem vinda característica que coloca a SCOTT no topo da cadeia das trailbikes.


Menos sensível na parte inicial de sua curva de compressão numa comparação com a FOX Float, o desempenho do garfo Talas impressiona à medida que os obstáculos na trilha aumentam de tamanho. Seu eixo pasante de 15mm, aliado ao tubo de direção conificado e às robustas hastes de 34mm tornam a suspensão dianteira da Genius 730 praticamente imune a qualquer flexão indesejada. Ainda que ofereça a possibilidade de redução do curso para 120mm, a melhor opção para garantir o máximo em performance e amortecimento é manter a FOX 34 Talas 650b Evolution CTD Air sempre ajustada para 150mm de curso.


A despeito de operar com curso reduzido, 100mm, o fundamental modo de Tração da Genius se mostrou efetivo ao engolir com propriedade as ondulações de baixa velocidade e ainda cumprir bem seu papel nos momentos em que os caminhos planos se tornavam mais irregulares. Graças ao fato da redução de curso afetar também a geometria da bike, conforme explicado anteriormente, o modo de Tração se configurou como a melhor escolha para a grande maioria do tempo e situações, inclusive em muitos dos trechos acidentados em subida. O modo de Travamento revelou-se útil apenas durante os deslocamentos mais longos, em asfalto ou nas poucas vezes onde pedalar em pé era imperativo.

Nas subidas a Genius 730 pareceu mais leve do que realmente é, característica potencializada após modificar a posição do amortecedor traseiro para "HIGH". Com os ângulos elevados em mais 0.4 grau e o central outros 6mm mais alto, a personalidade da bike mudou, o que culminou em ganhos consideráveis nas subidas, sem perdas relevantes nas descidas.

Durante os testes nunca faltaram marchas na transmissão Shimano de 30 velocidades, hoje contudo a máxima "mais é menos" parece valer também para as trailbikes. Com um pedivela duplo as trocas seriam muito melhores, a relação mais bem escalonada e menos suscetível a problemas decorrentes de acúmulo de barro, por exemplo. O câmbio traseiro Shimano XT Shadow Plus é uma adição a ser festejada, pois com seu mecanismo de retenção acionado cumpre o que promete, mantendo a corrente esticada mesmo nas piores condições. Em matéria de freios, a Genius 730 está bem calçada com o confiável Shimano SLX e rotores de 180mm na dianteira e na traseira.


Os pneus Schwalbe Nobby Nic 27.5x2.35 com laterais Snakeskin e uma estrutura reforçada, são rígidos demais. Competentes na grande maioria das situações, carecem de uma linha intermediária de cravos mais eficiente que facilite a transição entre curvas e retas. O Nobby Nic se comportou melhor quando calibrado com pressões mais baixas que as recomendadas, algo na casa de 25psi. Nessas condições, mesmo com câmaras não sofreram nenhum furo. De qualquer forma, como de costume, a recomendação para conversão tubeless dos pneus é valida mais uma vez.


A bike vem configurada de fábrica tendendo para o lado all mountain mais extremo, com mesa curta, pneus de perfil mais largo e rodas robustas, ainda que pesadas demais. Completas com pneus, câmaras, rotores e cassette, juntas as rodas são responsáveis por 5 dos 14 Kg da bike, ou seja, representam por 35% do peso total do conjunto. A Genius pode chegar a interessantes 11,5Kg na versão SL de carbono, cujo quadro que pesa apenas 450 gramas a menos se comparado com modelo de alumínio, reforçando a tese de que a Genius 730 apresenta ainda um enorme potencial se "vestida" para um XC agressivo empregando componentes um pouco mais leves.


A SCOTT Genius 730 conta com grafismo e acabamento impecáveis, entre os melhores do mercado. A Tecnologia TwinLoc, um diferencial e tanto, atingiu o ápice com seus os 3 estágios de funcionamento (LTD) que permitem controle total do competente sistema de suspensões e da própria geometria da bike. O aro 27.5 demonstra vantagens claras em relação ao 26, porém para aqueles que já foram apresentados anteriormente a uma 29er, o ganho representado pelas rodas de tamanho intermediário ainda pode ser considerado pequeno, o que de fato não chega a ser um problema, uma vez que esses podem partir diretamente para a família 900 da ótima Genius, uma trailbike moderna e muito versátil, modelo da SCOTT que seguramente já cravou seu lugar entre os principais lançamentos de 2013.

Keep 29eriding!

25 comentários:

  1. E porque não esta aqui a Spark 29? Não vejo com bons olhos esse teste. Pra mim, bike que não seja principalmente pra competir e que seja pra diversão tem de ser 29er.

    Abraço.


    Lambert_br

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    1. Olá Lambert,

      Obrigado por deixar sua opinião, mas não entendi porque você não vê o teste com bons olhos.

      A ideia é mostrar um modelo completamente novo de bike, a Genius, e paralelamente diminuir a curiosidade de muita gente em relação ao aro 27.5, tudo sob a ótica de quem anda e prefere as 29ers.

      Abs,

      Adil

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  2. Me assustei com a quantidade de cabos da foto. Bem parece que o peso desta trail bike pode ter atrapalhado um pouco não é? No mais deu pra ver que as 650b não são "o melhor de dois mundos" (26" e 29er) mas a média deles. Como eu disse no Facebook, sou xiita quanto ao formato 29er, mas o video que vi do rapaz de Timbó-SC me surpreendeu. Andei na Genius 26" e na Spark 20 em 2008 num teste ride e achei a Genius da época uma "limosine",ja a Spark, no mesmo teste, parecia um carro esporte de luxo. A 29er pra mim é um bólido, que exige braço, mas é veloz. Talvez, nesta comparação automobilistica, eu acho a Genius 650b um SUV de luxo.
    Abraço.

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    1. Fala Luiz,

      Obrigado por participar sempre do P29BR!

      De fato a frase "o melhor de dois mundos" é descabida. Pessoalmente não acho que o 650B ou 27.5 esteja na metade do caminho entre a 29 e as 26, é menos que isso. Enxergo o 27.5 como, digamos, uma "atualização" para o aro 26.

      Sua analogia com os carros está perfeita!

      Abs,

      Adil

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  3. pow Adil, machucou o quadro, faz isso com ele não... Uma curiosidade, pra onde vão estas bikes depois destes testes?

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    1. Fala Alexei!

      Pois é, eu derrubei o quadro algumas vezes durantes os testes ;-)

      Depois de testada, a bike foi devolvida ao importador que por sua vez já vendeu para um lojista do sul do país.

      Abs,

      Adil

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  4. Ótimo site, Parabéns!

    Tomei a liberdade de colocar um link no meu blog, assim mais pessoas poderão conhecer seu incrível trabalho.
    Tenho mountain bikes desde 1993 mas só agora adquiri uma 29er, até confesso que era um pouco contra, mas como um dia disse Raul (eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo...).

    Boas pedaladas,

    Ricardo Cachorrão

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    1. Olá Cachorrão,

      Obrigado por participar do P29BR e ajudar a divulgar a Cultura 29er!

      Qualquer dúvida a respeito das rodonas, o P29BR está aqui para te ajudar.

      Abs,

      Adil

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  5. Não sejas contrário ao que já foi comprovado. As 27 vieram para substituir o erro que foi as 29 e aperfeiçoar as 26.

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    1. Olá meu amigo Anônimo,

      Pessoalmente, não considero que exista o certo ou o errado no momento de decidir por um tamanho de roda ou outro.

      Nós dois já devemos ter lido uma dezena de artigos elegendo uma ou outra como a melhor. O último eu li no site Pinkbike, nele, ciclistas com um background de aro 26 testaram por apenas um dia os três formatos e decidiram que as 26 são a melhor opção. Para eles, essa é a verdade.

      Por outro lado, eu que ando de aro 29 há mais de 5 anos e aprendi tirar o máximo que as rodas de maior diâmetro podem oferecer, não enxergo uma superioridade do aro 27.5, longe disso. Um ressalva importante que sempre faço em relação às 29ers é que você precisa pedalar a bike durante algumas semanas para então adquirir algum repertório para compará-la com um modelo de outro formato que já conhece. Essa é a minha verdade.

      Sem dúvida, você também tem a sua verdade e sua experiência. Por isso respeito demais sua opinião. Obrigado por participar!

      Abs,

      Adil

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    2. Revendo meu comentário, acho q soou um tanto arrogante, peço desculpas...não foi essa a intenção Adil. De qualquer forma, mantenho minha posição (até pq piloto ambas -29 e 26) e, ainda q nao tenha usado uma 27,5, acredito q entre os dois mundos as 27 vão ser a melhor opção (até mesmo em razão da minha estatura (1,74)). Abçs.

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  6. Nas "rodas" de conversa com os amigos de pedal surge sempre a opnião sobre as 27.5... somos unanimes que as bikes equipas assim alteram pouco o que as rodas 26 tem feito por anos e anos... consideramos somente uma opção a mais.

    A Genius é bem interessante, pelo fato de ter muitas possibilidades de ajuste... em relação as rodas, o teste com a versão 29 seria mais legal, pois seria o comparativo em relação as Specialized com sistema FSR inteligente, apimentando mais a disputa entre as marcas!!!

    As rodas 29 realmente tem uma forma diferenciada de pedalar, eu percebi isso em uma volta com uma Specialized Epic, o que me fez optar por uma 29.

    Concluindo... as rodas 27.5 são uma bem vinda opção em relação as 26, mas as bikes com roda 29 tem um jeito todo proprio, é bem diferenciada a forma de pedal. o teste com a Genius 730 é um bom indicativo com relação a tecnologia empregada nas bikes.

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  7. Muito bom o teste, Adil.
    A bike parece ser muito interessante, principalmente com essas opções de regulagem na suspensão.
    Fiquei curioso em andar em uma 27,5, mas aqui ninguém tem ainda. Acho o conceito interessante e acredito que ela também deverá ter o seu espaço.
    Agora estou mais acostumado com a minha 29. Estava com dificuldades de "tirá-la do chão". Mas com o tempo estou melhorando. Isso é falha minha mesmo (falta de técnica) e falta de costume com a bike também, mas dá pra corrigir com treino...
    Abraço a todos.
    josimar

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    1. Olá Josimar,

      Na realidade as 29ers são de fato mais difíceis de "tirar do chão", contudo com um pouco de prática você certamente dominará esse fundamento também com as rodas grandes.

      Abs,

      Adil

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  8. Olá, Adil. Tanto os textos como as fotos nos dão uma ideia bem abrangente sobre as bicicletas e equipamentos. Mas, como dono de uma Epic 29 e fã incondicional da Genius, gostaria de saber se teremos um teste com a Genius 900. Abraços e parabéns.

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    1. Olá Cláudio Iennaco,

      Até o momento, a SCOTT Brasil não importou nenhuma unidade da Genius série 900, por isso mesmo ela não apareceu ainda nas páginas do P29BR.

      Assim que chegarem as primeiras ao nosso país, uma dela já está prometida para aparecer aqui nas páginas do P29BR.

      Abs,

      Adil

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  9. Acho que há espaço no mercado para os três formatos,sendo que o 29 para mim,é o melhor.Com certeza não foram um erro da indústria de bikes,muito menos jogada de marketing.Quem anda em uma 29,geralmente adere ao formato.O blog continua ótimo Adil!

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    Respostas
    1. Olá Ricardo,

      Obrigado por participar, compartilhamos as mesmas impressões.

      Abs,

      Adil

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  10. Olá Adil.

    Agora com a chegada das bikes hard vai começar aumentar as dúvidas. Demorei para me acostumar com a 29 ( Scale pro )e me adaptar a 20v. Acho que a 29 em subidas longas não responde, é lenta e exige mais força, porém nos demais trechos sobra e compensa a subida. Se a 27,5 for mais ágil em subidas longas realmente deverá facilitar e aumentar o ganho de velcocidades para alguns ciclistas. Pergunto: - Você irá fazer o teste com 2 bikes de ponta para tirar esta dúvida, ou você já tem sua opinião formada a respeito?

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    1. Olá Claudemir,

      Na verdade, não posso negar que tenho opinião formada sim. Considero ainda as 29ers como a melhor opção, principalmente pelo ganho nos trechos técnicos. Entendo sua afirmação em relação às subidas, mas uma aro 29 de boa geometria, com transmissão adequada e rodas leves, vai sempre muito bem nessas situações. A meu ver, quanto mais horas de pedal com uma 29er, mais o piloto conseguirá tirar delas.

      As 27.5 são na realidade aro 27" e representam definitivamente um ganho em relação às 26 para o XC.

      Ainda não fiz um comparativo em virtude de conseguir aqui no Brasil duas bikes similares para isso. De todas as formas, sigo tentando.

      Abs,

      Adil

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  11. Olá Adil!

    Recentemente aposentei a minha "Hard 26" e agora estou em lua-de-mel com minha "Spark 940" que possúi o grupo similar ao testado nesta Genius. Gostaria de ver seus comentários sobre ésta. Pois todas as criticas que escutei sobre as 29" foram literalmente morro abaixo. Já me acostumei com a féra e agora até mesmo alguns "tops" que considerava insuperáveis para mim já "tracei" todos...

    Com grande convicção que digo que é o fim da linha ou melhor, da trilha para quem ainda deseja competir com uma 26", terão que criar categorias separadas... Já as 27" terão que pedalar bastante para tentar reverter o caminho que a 29" traçou.
    No final das contas ainda continuo achando que as 27.5" vão ficar só no meio do caminho mesmo e o futuro está reservado as 29"...

    ADEEEEEEEUUUS 26".........

    Valeu!
    Faz um teste aí com a Spark 940

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    Respostas
    1. Olá Breno,

      Obrigado por compartilhar suas experiências.

      Em breve, uma nova SCOTT será testada aqui no P29BR.

      Abs,

      Adil

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  12. Amigo, muito bacana seu site! Já recomendei para alguns amigos, certamente irá ajudá-los onde havia algumas dúvidas...
    Mas o que eu queria saber é sua opinião sobre as aro 29 para quem tem estatura menor que 1,70 m. Qual seria sua recomendação? Obrigado!

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    Respostas
    1. Olá Anônimo,

      Obrigado por participar do P29BR!

      Na realidade, hoje são inegáveis os benefícios que as 29ers oferecem, mesmo para os pilotos com menos de 1,70m.

      Se você acompanha competições internacionais, já deve ter notado que mesmo atletas mulheres de menor estatura estão preferindo as rodas grandes. Por outro lado, a escolha envolve uma questão de gosto, estilo de pilotagem e adaptação ao formato.

      O caso mais famoso de um piloto que não usa um 29er é o Nino Schurter, um ciclista extremamente técnico, que justamente por isso não "precisa" da colaboração das rodas maiores para vencer. Já nós, meros mortais, sem dúvida nos beneficiamos consideravelmente das rodas de 29 polegadas, que acabam nivelando nossas habilidades para cima, mesmo em se tratando de pilotos de menor estatura.

      Abs,

      Adil

      Excluir

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