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quarta-feira, 26 de maio de 2010

P29BR 29ER TEST / Scott Scale 29 Race Tuning

Uma 29er de potencial.


Desde a primeira pedalada nos testes que o P29BR vem realizando há quase um mês com a 29er da Scott, chamou atenção o fato da bike ser leve para um modelo de Rodas Grandes em sua faixa de preço, a Scale 29 vem de fábrica pesando 11,7 Kg sem os pedais. O quadro de grafismo ímpar em tons de verde, preto e branco, deixou transparecer que havia margem para ser ainda mais explorado. Por isso, ao contrário de outros testes, desta vez resolvi aproveitar a disponibilidade da bike e experimentar na prática alguns upgrades que poderiam transformar numa máquina de competição a já bem montada e competente Scott Scale 29.


Basicamente foram efetuadas modificações em três frentes. A suspensão Reba SL 29 deu lugar a um garfo de carbono Niner, apenas com esta troca o peso total da bicicleta baixou mais de 1,2Kg. As rodas e pneus originais foram substituídos por um conjunto composto por aros NoTubes Arch, cubos American Classic, pneus Maxxis CrossMark e Aspen (eXCeption Series) montados sem câmaras, além de discos de freio Ashima de 160mm na dianteira e 140mm na traseira. Um cassette Shimano HG-61 12-36 completa o pacote rodante. Para fechar, o confortável selim original deu lugar a um modelo SKN da Selle San Marco, pesando apenas 185 gramas e combinando com as cores da bike, assim como as manoplas brancas MOB Punch Pro do tipo lock-on.


Com os upgrades em questão a Scale 29 atingiu a incrível marca de 9,8Kg sem os pedais. Tenho que enfatizar que não foi empregado nenhum componente de carbono além do garfo, foram mantidos guidão, mesa, canote, etc. Tudo de alumínio, todos originais Scott. Peças de qualidade, incluindo as de linha, aliadas a um quadro levíssimo e extremamente bem construído, produziram uma autêntica máquina de competição, com potencial de sobra para emagrecer ainda mais.


O contexto deste post é preferencialmente voltado ao peso da bike, as impressões sobre o comportamento da Scale 29 vou deixar para a parte final do teste que será publicada nas próximas semanas. De qualquer forma, a versão da Scale 29 tunada pelo P29BR ganhou em agilidade e desempenho final, colaboraram o do ângulo da caixa de direção mais elevado, o movimento central ainda mais baixo e a distância entre eixos consideravelmente diminuída.

Segue quadro com a geometria da Scott Scale 29 modificada, acompanhada dos números originais entre parênteses.


Keep 29eriding!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

P29BR 29ER SPY / ProShock One 29er

Uma bem vinda mudança de opinião.

É de fazer inveja a muito país desenvolvido, principalmente os europeus, o nível de evolução e aceitação que as mountain bikes equipadas com aros de 29 polegadas vem atingindo no Brasil.



Há algum tempo já produzíamos em território nacional bikes completas e quadros. Agora o mercado brasileiro de 29ers acaba de ganhar mais um importante impulso, direto da linha de produção da respeitada ProShock, o P29BR apresenta com exclusividade as primeiras imagens do modelo One 29er, que deve chagar muito em breve às prateleiras de nossas principais lojas.


Quem acompanha o P29BR desde pelo menos meados do ano passado, deve estar lembrado da cobertura da última edição do Shimano Short Track (http://projeto29brasil.blogspot.com/2009/07/p29br-short-news-projeto-29-brasil-no.html). Na ocasião um dos engenheiros da ProShock afirmou ao blog que os custos de ferramental para produção de um novo garfo 29er com canelas de 32mm eram altíssimos, um número com pelo menos 6 casas, proibitivo para se fazer uma aposta numa "moda que ainda não tinha pegado"...


Pois bem, em menos de um ano a ProShock passou do descrédito à aceitação, se tornando mais uma marca brasileira "believer" nas 29ers. A fábrica investiu então centenas de milhares de Reais para conceber o novo garfo One 29er? Não! A ProShock usou da mais legítima dose de criatividade do brasileiro e adaptou ao corpo do monobloco em liga de magnésio desenvolvido anteriormente para outros modelos da linha, um conjunto de gancheiras usinadas em CNC, com offset específico para as rodas grandes e, seguindo uma tendência mundial, suporte para freio à disco do tipo post mount. Um diferencial adicional são os posts para montagem de v-brakes, como muitos dos meus leitores vinham desejando. As demais especificações seguem o padrão do modelo One já disponível para o aro 26". Trata-se de um projeto inteligente, 100% pensado e fabricado no Brasil.



A primeira felizarda a pedalar uma 29er equipada com a ProShock One 29er será a videorrepórter Renata Falzoni, que dias atrás já tinha dado a dica no seu Twitter e deixado alguns dos assíduos blog-leitores do P29BR com a pulga atrás da orelha! Renata vai ter o prazer de experimentar a suspa durante a cobertura da Copa do Mundo na África do Sul.


Muito em breve o P29BR estará testando essa suspensão que promete fazer enorme sucesso entre os aficionados do formato 29er pelo Brasil afora.

Keep 29eriding!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

P29BR 29ER SHORT TEST / Saga Tomato 29 + RST + CST

Um Tomato recheado...de novidades.

O P29BR recebeu do framebuilder Fabio Yoshimoto um exemplar da Saga Tomato 29 montado com grupo Shimano Deore 2010 acompanhado de duas grandes novidades para o biker brasileiro interessado em aro 29": a suspensão RST M-29 RL e os pneus CST Critter 29x2.1. Em relação à bicicleta da Saga não preciso nem me alongar, independentemente da montagem, continua a mesma 29er de sempre, confortável e ágil. O destaque especial fica para os dois novos itens que fizeram bonito nas trilhas e prometem repetir o sucesso entre aqueles que necessitam de componentes eficientes a um custo acessível.


Foi com satisfação que recebi o modelo 2010 da RST M-29. Já havia experimentado em 2008 outra versão dessa suspensão, na ocasião fiquei bastante impressionado com seu desempenho, entretanto o produto praticamente sumiu das prateleiras americanas no ano passado, agora o M-29 voltou. O garfo da RST para cross-country, exclusivo para rodas de 29 polegadas, conta com 80 mm de curso e robustas canelas de 32mm de diâmetro. 180mm é o máximo diâmetro permitido para o rotor de freio. A pré-carga de ar pode ser regulada a partir do topo da canela esquerda, usei 90 psi para suportar os meus 75 Kg, calibragem suficiente para garantir uma curva de funcionamento progressiva e permitir a utilização do curso em sua totalidade. Estão disponíveis ainda ajustes de retorno e compressão. O M-29 já apresenta um offset específico para as 29ers, 44 mm.


Pessoalmente, não escondo de ninguém o fato de que prefiro componentes do tipo "regule e esqueça". Me agradam as suspensões com sistemas de plataforma estável que permitem setar um nível de sensibilidade, não desperdiçar energia nas subidas e ainda assim funcionam com propriedade nas descidas. Ao contrário, a operação do modelo da RST difere bastante desse preceito, é muito dependente da trava de guidão SRL, entretanto é aí que está o diferencial do M-29 RL.

A trava Smart Remote Lockout (SLR) é talvez a melhor do mercado. Apresenta um design muito bonito, uma pegada ergonômica e pode ser montada com total liberdade em qualquer um dos lados do guidão, inclusive com a alavanca montada para baixo ou até mesmo na horizontal, fica ao gosto do bike-freguês. A suspensão RST dispõe ainda de um eficiente circuito de blow-off, que apesar de não possuir a sensibilidade ajustável, quando travado permite algum movimento no garfo em caso do piloto se deparar inesperadamente com alguma irregularidade, evitando danos às partes internas do equipamento...e aos braços do biker.


No geral, considero a RST M-29 RL superior aos principais produtos de linha intermediária de outras marcas mais famosas. Trata-se de um garfo definitivamente pensado e bem projetado para as 29ers, pesa em torno de 2Kg e tem um preço sugerido ao consumidor na casa de R$ 1.200,00.


Acompanhando a RST M-29 na Saga Tomato 29, estão os pneus CST Critter 29x2.1, outra grata surpresa. A CST faz parte do mesmo grupo que detém a marca Maxxis. De acordo com a própria fábrica, os produtos CST possuem a mesma qualidade encontrada nos Maxxis, entretanto em foco está a durabilidade, antes da preocupação com o peso como ocorre com a linha da irmã mais famosa. A filosofia da CST prega que o entusiasta não necessita necessariamente empenhar mais dinheiro em pneus de competição se pode contar com um produto confiável que se comporta na terra igual ou quase que tão bem quanto um modelo custando mais que o dobro do seu preço.


O Critter possue três linhas distintas de cravos, os laterais são proeminentes e garantem segurança em curvas, já os centrais espaçados se comportam bem nos terrenos com pedras soltas, não oferecendo resistência exagerada à rolagem. O resultado é um pneu "honesto", que se comporta bem em variados tipos de terrenos, superando inclusive alguns modelos mais caros. Na produção dessa categoria de pneus as tolerâncias são maiores, os dois exemplares testados apresentam pesos distintos, 750 e 780 gramas. De acordo com o site do fabricante, 700 gramas.


Se fosse possível realizar um teste cego de pneus, estou certo que os CST seriam a escolha de muitos proprietários de 29ers. O preço de venda do CST Critter 29x2.1 gira em torno de incríveis 65 Reais.


Durante o período em que a Saga Tomato esteve por aqui, a bike foi testada com sucesso em competição pelo piloto Fabio Mazotti. Correndo sob as cores da Sport Bike SR e do P29BR, Fabio subiu ao pódio no Desafio de Mountain Bike na cidade paulista de Capão Bonito e se disse muito impressionado com o desempenho da Tomato numa prova de alta velocidade média como essa.


Keep 29eriding!
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