29 polegadas de paz e felicidade para todos!!!

Aos blog-leitores do P29BR, representados entre outros pelo Guilherme, Luiz Fernando Fernandes, Rodrigo, Kiko Molinari, 29erNow, Paulo Keko, aos amigos da Bike Action, do Pedal.com, da Caloi e demais apoiadores da causa 29er no Brasil,

Os melhores votos de Feliz Natal e os desejos de um Graaaaaaande 2009, com a consolidação do formato no Brasil e muitas pedaladas com as Rodas Grandes para todos.

Um abraço forte e desejos de sucesso!

Keep 29eriding!

Adil

P29BR TEST - Em busca da Relação Perfeita - Coroa Action-Tec de 20 Dentes

Com a chegada da ansiosamente aguardada coroa de 20 dentes diretamente da Action-Tec nos EUA, inicia-se aqui a série "Em busca da Relação Perfeita"!

A coroa de titânio Action-Tec pesa míseros 19 gramas e promete revolucionar a forma como a minha (e futuramente a sua) 29er encara as subidas de maior inclinação.


A instalação não é das mais simples em virtude do diâmetro da coroa, para algunas marcas de pedivela, como a Shimano, por própria recomendação da Action-Tec se faz necessário lixar os bosses dos parafusos, caso contrário a corrente não teria profundidade suficiente para rodar. O procedimento é simples, pode ser executado com uma lima comum, uma vez que a dureza do material nos pedivelas em geral não é extrema.


Nas próximas semanas estarei recebendo o resto do equipamento para montar o novo pedivela e começarei com os testes.

Keep 29eriding

P29BR TEST - Pneu Stan's Notubes "The Crow" - Contato inicial

Continuando com a minha procura pela melhor combinação de pneus para as 29ers de XC, adquiri no mercado internacional um exemplar denominado "The Crow", primeiro modelo produzido pelo mago do tubeless, Stan Koziatek.

Trata-se de um pneu do tipo semi-slick (ou semi-knob, como preferem os americanos). Usa borracha de 120 tpi na carcaça (em um próximo post eu explico os "tpi"s), banda com borracha de duplo composto com borracha ultra-leve entre os pequenos cravos.


De princípio relutei em usar pneus mais estreitos na minha aro 29. Alguns dos que conheço e compartilham da minha paixão pelas Rodas Grandes já haviam usado pneus de Cyclo-cross e/ou Híbridos em algumas oportunidades.

Pessoalmente, considero que uma 29er hardtail com pneus de largura 2.25 polegadas como um dos meus Schwalbes montados sem câmara, apresenta um nível de amortecimento e conforto compatível com muitas full-suspensions de aro 26. Entretanto em virtude da largura podem apresentar mais resistência à rolagem o que, em algumas situações, pode se traduzir em esforço extra para o biker.

Confesso que meu primeiro contato com o "The Crow" foi cercado de desconfiança, mas como busco sempre oferecer o melhor conhecimento do formato à comunidade 29er, embarquei fundo na experiência.

Fora da caixa o pneu me pareceu muito estreito, para se ter uma idéia, montados nos meus aros os Schwalbes apresentam entre 58mm de largura da carcaça (modelo 2.40) e 56mm (modelo 2.25), já o "The Crow" ficou na casa do 48mm!

Seguindo a lógica de rodar um pneu mais largo e de desenho mais robusto na dianteira (o que favorece nas curvas) e outro mais rápido e de cravos menores na roda de atrás (pensando na aceleração), o "The Crow" foi montado na traseira. De cara já notei que a folga entre o pneu e meus chainstays aumentou consideravelmente em relação aos pneumáticos alemães.


A montagem tubeless com o uso do kit NoTubes, como não poderia deixar de ser, foi extremamente fácil, posso dizer que a mais tranquila que encarei até agora nesses quase quatro anos de experiência com o produto. Para se ter uma idéia, inflei o pneu com uma bomba de pé simples de marca genérica. Usei espuma nas paredes como recomendado, dei algumas bombadas e pronto, lá estava ele, vedado. Os Schwalbe inflam muito bem, mas pedem o uso de ar comprimido na primeira montagem.

Apesar do baixo peso, menos de 500 gramas, as paredes laterais são firmes e nada porosas, as tradicionais micro-bolhas de selante nem apareceram. Tubeless de primeira! E o melhor, sem peso extra!


A aparência é de um pneu de competição. Quanto ao desempenho, saberei em breve, quando estarei publicando minhas primeiras impressões de um teste mais longo que estarei levando a cabo.

Blog-leitores fiquem ligados.

Keep 29eriding

Encontrando o Cyclo-cross

O crescente interesse pelas 29ers no Brasil, trás de carona as coisas do Cyclo-cross, o esporte "de inverno" de alguns dos Pros americanos e europeus. As bikes aro 29 podem facilmente serem adaptadas para o Cyclo-cross competitivo. A principal mudança seria o guidão, uma vez que são proibidos os guidões de mountain bike para a prática da modalidade.

Para os blog-leitores do P29BR, aqui vai um vídeo de Cyclocross com mountain biker americano da equipe GT, Todd Wells no recente US Gran Prix of cyclo-cross:



Notem a velocidade e o controle da galera!

Keep 29eriding

Mercado brasileiro: Peças de reposição - VZAN

Você que deseja aderir ao formato das rodas grandes e busca aros com uma relação custo-benefício satisfatória, já encontra no mercado uma opção interessante da brasileiríssima VZAN.

O aro Speed 700 - 29" é a aposta nacional para a conversão ao formato 29 polegadas. Muita gente, como o blog-leitor Luiz Fernando de Joinville, tem dúvidas se pode usar rodas do formato 700C com pneus 29". Na verdade o formato 700C e as 29ers compartilham do mesmo diâmetro, 622mm, então muitos dos fabricantes, inclusive a renomada Mavic, colocam esse tipo de aro na linha Road, mas recomendam o uso tanto para estrada quanto para mountain biking.


Nesse sentido, a VZAN evitou gerar dúvidas nos potenciais compradores e nomeou logo o aro com as duas indicações.

O que faz uma 29er ser de fato uma 29er, é que os pneus específicos para o formato possuem diâmetros externos entre 28.5" (724 mm) e 29.15" (740mm).

Mais informações sobre o assunto poderão ser encontradas no post:

http://projeto29brasil.blogspot.com/2008/11/quando-uma-29er-pode-no-ser-uma-29er.html

Blog-leitores, fiquem ligados pois os rumores dizem que a VZAN promete mais novidades para a gente em 2009, quem sabe uma roda completa, tentaremos conseguir uma para testes aqui no P29BR.

Keep 29eriding.

Mais 29er previsões internacionais para 2009!

Cassete exclusivo para a 29er: Existem rumores no mercado internacional de mountain bikes dando conta de que a Shimano estaria desenvolvendo um cassete específico para as bikes com rodas de 29 polegadas. As fontes dizem que o suposto cassete seria um 12-36. A expectativa é de que até o verão americano algumas bikes 2010 de pré-produção já estejam rodando com a nova relação. A Action Tec já produz um cassete de titânio com opções até o 11-39!!! Entretanto com o preço na ordem dos 300 dólares ainda não se estabelece como uma opção viável para o biker comum.


Grupo SRAM XX: A SRAM por sua vez, não ficaria atrás da Shimano, e esta sim já prepara um grupo 2x10 (2 coroas e 10 pinhões) para mountain bikes. Os pinhões devem ser maiores que o padrão atual, sendo assim, nós 29ermaníacos também seríamos beneficiados pela idéia. Já estão disponíveis os trocadores de 10 velocidades Doubletap 10 com apenas uma alavanca de cada lado e um formato da ação diferenciado, um toque rápido solta o cabo e um empurrão longo sobe as marchas até três pinhões de cada vez. O Doubletap 10 teria naturalmente uma versão em desenvolvimento para uso off-road.


Conjunto de pedivela: De maneira lógica, além do novo cassete, também poderia aparecer um pedivela com a relação pensada em função do formato 29er. Nesse sentido, poderíamos encontrar uma coroa menor de 20 dentes já nos modelos de produção. Aqui, o P29BR já se adianta e nas próximas semanas começará a rodar com uma relação 2x9 e a dita coroa de 20 dentes, importada diretamente da americana Action Tec. Fiquem de olho que iniciaremos a busca pela relação perfeita em breve!


Keep 29eriding

Previsões para 2009: equipamentos que estarão nas melhores 29ers no próximo ano!

Apesar de parecer, ainda não consegui fazer minha aro 29 flutuar ou mesmo prever o futuro, entretanto para mim está claro que a evolução tecnológica de alguns equipamentos irão diminuir, ou mesmo eliminar, alguns pontos ainda negativos das 29ers em relação à “concorrência”.

Nesse sentido, dois itens chamam particularmente minha atenção:

- Garfos e cubos de eixo passante: os amantes das modalidades de downhill e freeriding há algum tempo já estão íntimos dos cubos do tipo “Through axle”, que oferecem rigidez ao conjunto dianteiro da bike e conseqüentemente aumentam em muito a precisão de direção e até a própria segurança da bicicleta como um todo.

Acontece que os primeiros cubos e garfos de eixo de 20mm eram logicamente mais pesados que os tradicionais e nunca chegaram a ser cogitados por atletas de XC. Inteligentemente, uma nova geração de cubos “Through axle” está chegando, a Rock Shox já tinha o Maxle e agora desenvolveu o Maxle Lite, uma versão mais leve do sistema de eixo passante.


Hoje a flexão dos garfos específicos das 29ers ainda é um ponto a se considerar, sendo assim a Rock Shox acabou de colocar no mercado uma versão 29 do Reba com o eixo Maxle Lite. Quem já testou sustenta que a mudança é realmente efetiva, o ganho em rigidez faz realmente a diferença na dirigibilidade da bike. Entretanto os desavisados podem pensar “e se eu furar um pneu, imagine o tempo que vou perder para tirar a roda”, o caso é que também esse fator foi levado em consideração pelos desenvolvedores do produto e quem já operou o Maxle Lite sabe que ele funciona quase que como uma blocagem comum, a retirada da roda é rápida e tranqüila.


Até as próprias 29ers full-suspensions poderiam se beneficiar do eixo passante integrado. Existem rumores que a Salsa, que recentemente lançou uma nova e, como de praxe, linda bike, a Big Mama, esteja trabalhando numa versão com eixo traseiro de 20mm também.

Salsa Big Mama

Os “Through axle” estão tão em evidência que a Fox e a Shimano desenvolveram juntas o QR15 de 15mm e operação extremamente fácil. Vamos ficar atentos aos garfos que serão oferecidos pela supercompetente Fox em 2009!



- Pneus e Aros tubeless: o sistema tubeless já é há algum tempo uma realidade para o mountain biking. Como já mencionei em posts anteriores, o Calcanhar de Aquiles das 29ers são as rodas. Uma roda mais pesada pode arruinar um bem concebido quadro, sendo assim, desde minha primeira montagem já venho usando o kit Notubes desenvolvido pelo gênio Stan Koziatek.


Aqui no Brasil, muita, mas muita gente mesmo demonstra receio em converter pneus e aros comuns usando o Notubes. Sempre que sou questionado explico que a partir do momento que você pára e procura entender o funcionamento do kit, percebe a simplicidade e eficiência do produto, entretanto aí entram alguns fatores que afetam os 29ermaníacos.
Hoje existem pouquíssimos pneus de 29 polegadas certificados e efetivamente preparados para o uso tubeless. Aí você me pergunta “mas o sistema Notubes não é concebido para a conversão de pneus e câmaras normais para o padrão tubeless?”. Sim, ele é, entretanto no caso das 29ers os fabricantes de pneus desencorajam a conversão, pois afirmam existir uma maior possibilidade de colapso das paredes dos pneus 29 comuns quando submetidos a essa conversão. Inclusive muitos dos fabricantes consideram violação da garantia desses pneus 29 quando o usuário realiza a dita conversão.

Com tudo isso em mente, a Geax está para lançar no mercado americano duas novas versões do já consagrado e respeitado Saguaro 29, uma denominada TNT e outra certificada UST. A TNT, que significa (Tube, No Tube) tem as paredes construídas para uso tubeless com selante sem o emprego de uma camada extra de borracha (e peso!) que caracteriza a versão UST (aprovada seguindo os rígidos padrões propostos pela Mavic, dona da patente do sistema).


No caso do Saguaro, a versão normal de kevlar pesa 660 gramas, a TNT 770 gramas e a UST 930 gramas. Será que vale a pena esse peso extra? Pessoalmente acho que não.


Quando for converter leve em consideração que o pneu escolhido deve entrar justo no aro, ou seja, deve ter uma pequena tolerância de medida. É por isso que às vezes algumas marcas dão mais trabalho que outras no momento de se montar e inflar o pneu com o uso do Notubes, chegando a ponto do Stan não recomendar conversões com algumas marcas, entre elas a Hutchinson, que eu mesmo já vi a parede rasgar com o uso sem câmara em 29ers.

Uma outra opção seriam os pneus desenvolvidos pelo próprio Stan, os Notubes “The Crow” e “The Raven”. Acabei de importar um Crow que deverá estar chegando à minha porta nos próximos dias, com menos de 500 gramas e excelente capacidade de retenção de ar, pode estar aí uma grande opção para as 29ers perderem peso nas rodas e, ao mesmo tempo, ganharem em eficiência de amortecimento.


Os Racing Ralph da Schwalbe, meus pneus atuais, também converteram muito bem, mas caíram naquele caso de quebra da garantia.

Esperamos então que em 2009 os fabricantes percebam a dependência entre o formato 29 e os pneus sem câmara, e disponibilizem rodas e pneus adequados e leves para nós, amantes das maravilhosas Rodas Grandes.

É isso por hoje blog-leitores!

Se você tiver qualquer dúvida sobre o uso Notubes, me pergunte, estou aqui para ajudar, quer você ande de 29 ou não!

E não esqueça...

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Yes, nós temos (ou melhor, teremos) 29ers nacionais!

Ontem de maneira muito solicita eu recebi uma ligação da Caloi, manifestando total interesse em ceder uma Two Niner para testes aqui no P29BR!

Mas peço calma aos ávidos blog-leitores, o modelo Two Niner da Caloi está em fase de pré-produção e de acordo com a empresa, estará sendo lançado comercialmente no mês de abril próximo, sendo assim, acredito que em março o P29BR já poderá estar rodando com o modelo de testes. Essa bike promete!

Desde já agradeço a disposição e o interesse da Caloi em colaborar com o desenvolvimento do mercado de bikes aro 29 aqui no Brasil.

Caloi, um obrigado especial pelo apoio irrestrito ao P29BR!

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Leitores do blog, participação ativa!

Os leitores do P29BR estão cada vez participando mais ativamente das pautas. Neste último post sobre o Armstrong, quero fazer um agradecimento especial ao Guilherme pela sugestão.

Aproveito para convocar outros 29er blog-leitores a participar e colaborar com notícias, fotos, etc!



Continuamos aqui respondendo as dúvidas dos interessados em migrar para o formato e também dos que já desfrutam do prazer de rodar em GRANDE estilo.

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Lance também acredita!

Em sua quarta corrida off-road depois do anúncio de retorno e seguindo o plano de participar inicialmente de provas perto de casa, Lance Armstrong arrasou na última etapa do Texas Fall Cup de 2008.



Voltando alguns dias, em sua primeira e brutal prova de 100 milhas (aproximadamente 161Km), Lance chegou na segunda posição, logo atrás do também "aposentado" Dave Wiens, que hoje é estrela em provas de grande distância nos EUA. Depois da Leadville 100, Lance simplesmente venceu tudo o que disputou.



A curiosidade é que nesta última corrida, Lance defendeu as cores da sua própria bike shop, a Mellow Johnny's, que fica em Austin no Texas.

O detalhe importante, e para mim gratificante, é que Lance disputou a prova a bordo de uma Fisher Superfly, ou seja, venceu de aro 29!!!



As pessoas podem dizer..."Ahhh, mas era o Lance, o Pelé do ciclismo"..."Ele ganharia a prova com qualquer bicicleta"...etc. Tudo isso pode até ser verdade, mas o fato da estrela maior de todos os tempo do ciclismo ter optado por disputar uma prova usando uma bike de rodas grandes, por si só já avaliza as 29er e mostra que nós, os seguidores do novo formato, temos alguma razão em defendê-lo.

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Blog do P29BR é destaque no site da Revista Bike Action

Aos editores da Bike Action, Fábio e André, os agradecimentos da comunidade 29er pelo engajamento em nossa "causa"!

Keep 29eriding

A Redenção das Hardtails

O desenvolvimento das mountain bikes full-suspension, a partir de meados da década de 90, operou uma mudança considerável de mentalidade do consumidor de bikes comum americano. Segundo a conceituada pesquisa anual da revista Mountain Bike Action diminuiu exponencialmente ano a ano o número de interessados em adquirir uma hardtail. No último levantamento, menos de 15% dos leitores que responderam a pesquisa teriam interesse em adquirir uma rabo-duro.

Entretanto as 29ers chegaram e vieram definitivamente para mudar essa linha de pensamento. A consolidação das “Rodas Grandes” está trazendo de volta o interesse pelas hardtails. Simplesmente porque as principais qualidades das aro 29 se aliaram ao menor peso e simplicidade das hardtails, e se refletiram em bikes muito competitivas em se tratando de custo/peso/benefício.

Se você nunca pedalou uma 29er, pode imaginar que nós, os “convertidos” ao formato, exageramos nas qualidades e disfarçamos as falhas, mas a realidade é que as rodas grandes REALMENTE diminuem o desconforto das hardtails em solo mais acidentado, chegando a ponto de rivalizar com as full-suspensions de até 4 polegadas de curso. Experimente, eu garanto!

Outro ponto superfavorável às hardtails é o peso reduzido em relação às fulls, Gary Fisher conseguiu construir o mais leve quadro de toda sua linha para a Superfly 29 (mais informações no post anterior intitulado “A Fisher Superfly do Sam Schultz”).

Não escondo que sou fã das Felt, pois bem, para 2009 o Andy Felt criou uma versão em carbono para a “minha” Nine Pro. Uma evolução que se mostrou simplesmente sensacional.

Marcas de menor expressão, mas de ótima qualidade, perceberam o potencial das “Rodas Grandes” antes de muitas das empresas top do setor. Entre essas está a Raleigh, muito respeitada entre os 29ermaníacos americanos. O modelo XXIX apresenta um custo acessível mesmo mantendo um nível de performance alto.

Quando se fala de 29er, não se pode deixar de lado aquela que, para mim, foi a companhia responsável pela “faísca” que reacendeu a decisiva evolução do formato nos últimos três anos, a Niner Bikes. A empresa de Chris Sugai e Steve Domahidy conta com 5 maravilhosos modelos de hardtails no catálogo, mas já deu um passo à frente das demais. Além de possuir 2 modelos de 29ers full-suspension, o Jet 9 e o R.I.P. 9 que hoje já são um clássico entre os aficionados, a Niner partiu para o nicho de trailbikes e para 2009 desenvolveu, depois de extensa pesquisa e testes, o modelo W.F.O. (Wide Full Open) com 5,5 polegadas de curso e aros 29, mas isso será assunto de um futuro post.

Fechando o assunto das hardtails, não poderia deixar de mencionar a iniciativa da “nossa” Caloi, que para 2009 apresenta o modelo Two Niner, O buzz é grande, vem gerando muitos questionamentos por parte dos leitores deste blog e das pessoas que encontro em provas e trilhas. Todos querem conhecer melhor o novo modelo da Caloi, que pode, quem sabe, vir a se tornar um best-seller entre os bikers brasileiros ávidos em aderir ao formato 29.

Por falar em Caloi, estou entrando em contato com eles e possivelmente em breve estaremos recebendo uma Two Niner para testes aqui no P29BR. Fique ligado!!!

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Quando uma 29er pode não ser uma 29er!

Foi noticiado com destaque que a americana Katie Compton foi a primeira ciclista profissional (entre homens e mulheres) a vencer um campeonato nacional pilotando uma 29er, ela foi a campeã americana de MTB Short Track neste ano.




Ótima notícia para os amantes das Rodas Grandes, entretanto alguns dos mais fanáticos pelo nosso formato estão contestando essa notícia, pois a Katie é uma corredora especializada em Cyclocross e a bike dela, apesar de usar um quadro que aceita rodas de 29 polegadas, usa rodas de carbono e pneus 700x45 da marca Dugast. Fato que se levado ao pé-da-letra acaba por transformar as rodas dela em uma 27.9, em virtude do diâmetro reduzido dos pneus inflados (710 mm).




Uma curiosidade sobre a Katie é que ela disputa as Paraolimpíadas numa tandem guiando outra ciclista com deficiência visual. Tá aí uma biker politicamente correta!




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A dúvida, qual tipo de pneu usar? O aro 29 e suas múltiplas possibilidades.

Neste final de semana participei pela segunda vez de uma prova com a minha 29er. Numa corrida de formato maratona sem singletracks ou subidas absurdas, a 29 pôde mostrar o seu valor, chegando ao ponto de "engolir" as 26 nos terrenos mais rápidos. Para se ter uma idéia, num trecho longo em descida com uma pequena inclinação, depois de embalar a 29er passava pelos outros pilotos sem eu ter sequer que pedalar, usando apenas a inércia enquanto os demais se esgotavam nos pedais.



Entretanto, mais uma vez ressurgiu a dúvida dos pneus. Nas provas tipo maratona, vale mais a pena usar pneus largos (como os 2.25 disponíveis), mais finos (1.85, mas ainda específicos para mountain bikes) ou os pneus de cyclocross (700x35, por exemplo).

Um estudo científico (que vou traduzir e publicar aqui no blog) realizado a pedido da marca alemã Schwalbe, demonstrou que para situações off-road os pneus mais largos se usados com baixa pressão (tubeless necessariamente) teriam um rendimento de rolagem melhor que, por exemplo, um pneu mais estreito que pede pressões mais altas. O estudo concluiu que os pneus largos e com menor calibragem se adaptam melhor às irregularidades do terreno e, por isso, desperdiçam uma quantidade menor de energia.

Tenho amigos nos EUA que realizaram alguns testes práticos em um circuito de XC usando os Bontragers 1.85, Kendas 2.0 e WTB 2.3. Apesar de facilitar a pedalada em alguns trechos, os pneus mais estreitos realmente não se mostraram mais eficientes e os melhores tempos foram conseguidos com os pneus mais largos.



Então pode-se concluir que as bikes de aro 29 nasceram para usar pneus mais largos e fim de papo? Definitivamente, não. Aí entra a história da corrida de ontem. Para minha alegria, encontrei mais um "believer" da rodas grandes, o Zé, da loja Zé Bike de Sorocaba. A KHS do Zé está equipada com um Kenda Karma na dianteira e um pneu 700C de bikes híbridas na traseira. Em uma prova de maior distância, realizada preferencialmente em estradas de terra batida, os pneus ultrafinos na traseira podem representar vantagem no conjunto da ópera. Pudemos comprovar essa teoria à medida que a prova se desenvolvia, nas subidas mais longas o Zé pedalava sentado, rendia muito bem e abria vantagem, entretanto quando o terreno mudava e ficava mais plano, eu com meus pneus largos ganhava espaço e passava à frente. Minha velocidade máxima nessa prova foi de 71 Km/h, o que levando-se em conta as inclinações, é um valor bastante expressivo.



No final o Zé chegou pouco mais de um minuto na minha frente e, pelo menos nessa prova, acho que ele fez a escolha certa.

Estou estudando os pneus de cyclocross que são leves (na casa dos 350g) e ainda apresentam um desenho agressivo para se comportar de maneira eficiente nas mais diversas condições (asfalto, terra e barro) enfrentadas pelos adeptos da modalidade muito difundida no hemisfério norte.



Em breve estarei importando um modelo para experimentar no aro 29. Manterei vocês, leitores, informados.

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O bom e velho debate: 29er x 26er

Segue link para um vídeo divertido que debate de maneira bem humorada as diferenças entre os formatos concorrentes:


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A aventura (e a curtição) de se montar uma mountain bike aro 29 - Parte III

O teste

Apesar de toda a pesquisa prévia e do extremo cuidado no planejamento da montagem do conjunto, o desempenho da Felt Nine Pro era na realidade ainda uma incógnita, fato que, aliado ao preceito de que as Rodas Grandes poderiam apresentar respostas mais lentas em trilha, contribuiu para a escolha de um quadro de tamanho um pouco menor que o habitual. É certo que a menor distância entre os eixos se refletiu de maneira direta na surpreendente maneabilidade da bike mesmo nos trechos mais estreitos ou curvas difíceis.

Uma imagem comum nas bikes de aro 29 é tubo superior bastante inclinado (sloping), o que conseqüentemente pede o uso de canotes maiores, no caso um de 400mm. Tal configuração favorece o montar e desmontar do ciclista num quadro construído com o movimento central 65mm abaixo do eixo das rodas. Somados os pontos, o resultado é uma bike com centro de gravidade muito baixo e grande estabilidade.



Rodando em terrenos planos

É fato que as 29 aceleram com mais dificuldade que as 26, pedindo maior esforço inicial por parte do ciclista, entretanto depois de aceleradas as Rodas Grandes mantém mais facilmente o momento, assim o ciclista passa um tempo maior pedalando na coroa do meio, resultando em um ritmo mais forte e constante, beneficiando os bikers bem preparados.

Subindo diferente

As rodas de maior diâmetro tornam a pedalada mais pesada em se comparando a uma bike aro 26 com a mesma relação coroa/cassete instalada, entretanto nas aro 29 o biker fica mais bem posicionado e com o peso corretamente centrado, mais uma vez em função da diferença de altura entre os eixos das rodas e o movimento central. A maior área de contato dos pneus com o solo se traduz num aumento da tração.

Entretanto em se tratando de subidas mais íngremes nem tudo são flores, neste caso a pedalada mais pesada requer mais explosão do ciclista. Nos trechos de aclives mais longos o gasto energético pode ser maior. Esse comportamento não pode ser considerado um defeito do formato, ele pede apenas uma adaptação mais cuidadosa por parte do biker. Já existe também no mercado internacional uma coroa pequena de apenas 20 dentes, perfeita para o uso com as aro 29. O emprego dessa coroa de menor tamanho alçaria o desempenho em subidas a um patamar similar ao das aro 26.

Fazendo curvas

O conceito inicial de que rodas de maior diâmetro dificultam as mudanças de direção deixando o guidão mais pesado, pode ser minimizado em se tratando de uma aro 29 bem concebida como a Felt, cujo desempenho em curvas chega a ser surpreendente. O fato da bike possuir um ângulo de caixa de direção de 72.5 graus, ligeiramente mais elevado que o padrão para bikes de cross-country aro 26, por si só já afasta um dos principais temores dos donos das bicicletas 29, a lentidão das respostas nas curvas. Ainda neste quesito, a escolha do guidão também é um ponto importante, por isso a opção recaiu sobre um Salsa modelo Pro Moto. O guidão é do tipo flat (reto), uma vez que a caixa de direção nas bikes de aro 29 costuma ser mais alta em relação ao selim em comparação com as de aro 26, o que inviabiliza o uso de guidões do tipo riser (com inclinação). A curvatura mais elevada e menos usual do Salsa Pro Moto é outro fator de conforto, são 11 graus que favorecem uma pegada mais natural do ciclista e facilitam a execução das curvas mais difíceis.

Somente para citar um exemplo, no teste usamos uma bike aro 26 para fazer uma curva especialmente fechada e estreita em subida, o chamado “switchback”. Não foi nada fácil zerar esse trecho da trilha nessa bicicleta, o que ocorreu apenas depois de algumas tentativas frustradas. Experimentando o mesmo trecho com a Roda Grande foi possível fazer a curva de primeira. É o aro 29 mostrando seu valor!

Segurança freando

Mais um ponto onde as 29 superam as 26. A Roda Grande freia melhor, permitindo uma condução mais segura e ao mesmo tempo mais arrojada. É extremamente difícil travar os Avid Juicy instalados na bike.

Descendo com inspiração

Onde as bikes de aro 29 realmente brilham e superam as aro 26 com folga é nas descidas e trechos mais acidentados com obstáculos naturais. Nessas situações o desempenho de um bom quadro rígido com pneus de 29 polegadas se equivale em conforto ao de uma bike aro 26 de suspensão integral para cross-country competitivo (com até 3 polegadas de curso). O fato de se usar pneus mais largos montados sem câmara, maximiza as possibilidades da bike. O pneu Schwalbe dianteiro nas medidas 29x2.40 é o mais largo disponível no mercado das Rodas Grandes, tudo isso pesando pouco e com baixa resistência à rolagem.



Aqui se faz necessário também um destaque ao kit Notubes. Tenho usado desde o ano de 2005 o produto que converte para tubeless (sem câmara) aros e pneus normais. O produto (fita de aro + selante) funciona maravilhosamente bem e permite o uso de calibragens bastante baixas nos pneus, isso tudo com a maior segurança, assim os pneus de 29 polegadas absorvem ainda melhor as irregularidades do terreno com pressões na casa das 25 libras apenas.

Para o biker a bordo de uma bicicleta de aro 29 chega a ser incrível a facilidade com que se pode transpor um tronco, pedras maiores, drops, etc. O ciclista se vê continuamente incentivado a encarar novos desafios. É o mountain biking traduzido à pura diversão!



Uma nova forma de pedalar e curtir

O nível de desenvolvimento recente das bicicletas de aro 29 permite ao mountain biker enxergar o esporte sob uma nova, e prazerosa, ótica. Não se sabe ao certo se as previsões dos otimistas vão se confirmar e as Rodas Grandes serão a maioria no futuro do nosso esporte, mas com segurança já se pode contradizer os céticos, uma vez que o formato 29 veio para ficar, evolui a passos largos e se tornou uma grande opção para nós, bikers. Fica a esperança que brevemente mais e mais brasileiros possam ter acesso às aro 29 e a todo o divertimento que elas podem proporcionar.

Keep 29eriding

A Fisher Superfly do Sam Schultz

Esta é uma das bikes de Sam Schultz, nova estrela da equipe Subaru-Gary Fisher. O biker de 23 anos tem disponíveis diferentes tipos de equipamento e usa essa 29er principalmente nas provas de Short Track.

A Superfly é totalmente construída em carbono e seu quadro é o mais leve produzido pela Gary Fisher até hoje dentre todos os modelos da marca, 1,23Kg. A bike do Sam está pesando 10,05 Kg e apresenta algumas particularidades:

A transmissão conta uma relação muito interessante. Além de ser 2x9, aproveitando o fato das rodas maiores rodarem uma distância maior por pedalada quando se comparadas com as 26 em mesma marcha, as coroas 38/28T tornam a bike estremamente agressiva, para se pedalada de maneira vigorosa nas provas de curta distância e/ou sem muita inclinação.



Para completar, a relação 2x9 permite o uso de um câmbio traseiro do tipo medium cage, o que favorece a agilidade nas trocas de marcha e economiza peso.



O renomado mecânico Matt Opperman apareceu com uma solução que vai fazer a cabeça dos obcecados por peso (conhecidos como "Weight Winnies"), ele está usando apenas 3 parafusos de titânio para fixar os rotores de freio!!!



Fechando o pacote, o rotor traseiro tem apenas 140mm.



Seguem as especificações completas:

- Frame: Gary Fisher Superfly, size L
- Fork: RockShox Reba Race 29
- Headset: Cane Creek ZS6
- Stem: Bontrager Race X Lite, 110mm x -7°
- Handlebars: Bontrager Race XXX Lite OS Carbon Flat, 585mm
- Tape/grips: Bontrager Race
- Front brake: Avid Juicy Ultimate, 160mm rotor
- Rear brake: Avid Juicy Ultimate, 140mm rotor
- Brake levers: Avid Juicy Ultimate
- Front derailleur: SRAM X-9
- Rear derailleur: SRAM X.0
- Shift levers: SRAM X.0 trigger
- Cassette: SRAM PG-990, 11-34T
- Chain: SRAM PC-991
- Crankset: Bontrager Race X Lite with custom two-ring spider, 175mm, 38/28T
- Bottom bracket: Bontrager GXP
- Pedals: Crankbrothers Eggbeater 4ti
- Wheelset: Bontrager Race X Lite Tubeless Ready Disc 29
- Front tyre: Bontrager Jones Dry X TR, 29x1.75"
- Rear tyre: Bontrager Jones Dry X TR, 29x1.75"
- Saddle: Bontrager Race X Lite
- Seat post: Bontrager Race X Lite
- Bottle cages: Bontrager Race X Lite Carbon
- Other accessories: Nokon derailleur cables and housing
- Total bicycle weight: 10.05kg (22.16lb)

Keep 29erinding

KHS Flagstaff 29er

Um videozinho mostrando a interessante full suspension 29er da KHS. Bom preço, ótimos componentes!

Keep 29eriding

A aventura (e a curtição) de se montar uma mountain bike aro 29 - Parte II

O processo de montagem

Após vários meses de pesquisas no mercado de bicicletas dos Estados Unidos, encontrei um quadro de alumínio Superlite com excelente padrão de construção e custo-benefício, o Felt Nine Pro. Além do baixo peso, o que chamava a atenção nessa bike produzida pela companhia de Andy Felt, bastante respeitada no meio de bikes de estrada e triathlon, era a geometria otimizada para o formato 29.




No sentido de corrigir a lentidão de resposta nas curvas, a Felt e outras poucas marcas, decidiram por aumentar o ângulo da caixa de direção deixando a bicicleta mais arisca. No caso específico da Felt, optou-se por 72.5 graus de angulação. Já Gary Fisher desenvolveu o padrão G2 e alterou o offset dos seus garfos, mas isso é assunto para um próximo artigo.



Escolhido e comprado o quadro, passei a buscar um garfo de suspensão específico para as 29. Pode-se encontrar hoje suspensões dianteiras das marcas Rock Shox, Manitou, Fox, White Brothers e RST entre outras. Minha escolha recaiu sobre uma Rock Shox Reba 29 SL, mais uma vez com ótima relação custo-benefício-peso e um eficiente sistema de plataforma estável, o Floodgate, que se bem ajustado permite uma pedalada agressiva sem perdas de energia com o “bobbing” (movimento de sobe-desce da suspensão quando se pedala de pé e se transmite peso excessivo ao guidão).




Faltavam agora as rodas e os pneus. Este era um dos pontos que merecia especial atenção, uma vez que o maior peso das rodas é considerado o “Calcanhar de Aquiles” das bicicletas de aro 29 em geral, assim a opção por um conjunto de rodas errado poderia arruinar todo o resto da montagem e a própria maneira como a bike se comportaria na terra.

Existem no mercado internacional vários conjuntos com peso extremamente baixo, na casa dos 1.500 gramas, entretanto a um custo elevado. Mais uma vez, seguindo meus preceitos, decidi por um equipamento de qualidade e bom preço, mas que ainda assim pudesse apresentar um peso aceitável. Os aros eleitos foram os Mavic A 317 Disc, montados com cubos Shimano XT e raios DT de dupla espessura.




Percebi que onde poderia realmente retirar uma parcela considerável de peso da bike seria na escolha dos pneus. As bicicletas aro 29 rabo-duro costumam ser montadas com pneus mais largos, o que oferece uma dose maior de amortecimento a impactos ao quadro rígido. O segredo neste caso é se usar os pneus de baixa resistência à rolagem.

Geralmente um pneu 29 de largura 2.30 tem um peso na ordem de 800 gramas, como por exemplo, os da marca americana WTB, os mais conhecidos e respeitados quando o assunto é aro 29. Depois de muita busca, consegui os pneus da marca alemã, Schwalbe. O modelo Racing Ralph é oferecido em duas larguras de banda e o melhor é que o peso não ultrapassa dos 600 gramas, sendo assim, montei a roda dianteira com os Schwalbe RR 2.40 e a traseira com os RR 2.25. A primeira impressão que os pneus causam quando observados inflados nos aros, é que são largos demais, entretanto o desempenho que oferecem contradiz essa observação, funcionam bastante bem.




A bike completa pesou 11.3 Kg o que para uma aro 29 com quadro de alumínio e que não usa, por exemplo, componentes de carbono, é um peso realmente competitivo.

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