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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A aventura (e a curtição) de se montar uma mountain bike aro 29 - Parte I


Como mountain biker desde 1992, pude presenciar a tremenda transformação que nosso esporte alcançou nesses últimos 16 anos. Basicamente o que se viu, foram alguns períodos de invenção e inovação, seguidos por outros de desenvolvimento e consolidação dessas inovações. É o caso das suspensões dianteiras, dos quadros de suspensão integral, dos freios e transmissão. O mesmo se passa agora com a “29ermania” que hoje faz a cabeça dos bikers norte-americanos.

O começo

Tomei contato pela primeira vez com uma mountain bike aro 29 no Sea Outter Classic 2005, tradicional evento de mountain biking californiano que serve de vitrine para os principais produtos e marcas do mercado. Na ocasião, uma pequena e inovadora empresa, a Niner Bikes, iniciava um projeto que eles chamariam de “Big Revolution”, que de fato se tornaria o grande estopim para o início da consolidação do novo formato. Antes disso, as aro 29 inclusive já eram defendidas de maneira ferrenha por ninguém menos que um dos pioneiros do esporte, Gary Fisher.




Hoje, passados três anos, as expectativas de Chris Sugai, um dos fundadores da Niner, é que até o ano de 2017 o número de bikes aro 29 vendidas nos Estados Unidos ultrapasse a quantidade das aro 26, o atual padrão para mountain biking. Que as previsões dos otimistas irão se concretizar, não se pode afirmar, entretanto o que posso garantir é que as bikes aro 29 são um grande barato, um soprar de novos ares em nosso esporte.




O conceito

O principal conceito por atrás das Rodas Grandes é a facilidade com que as aro 29 podem transpor obstáculos, desde uma pequena erosão até um tronco de maior diâmetro, o biker ganha em controle e estabilidade em se comparando com as aro 26. Além disso, as rodas maiores tendem a aumentar da força centrífuga nas curvas, fato que aliado a uma maior parcela de contato entre os pneus 29 e o solo, permitem a execução de curvas mais precisas e seguras, mesmo a velocidades mais elevadas.




Outro ponto de extrema relevância no sucesso do novo formato diz respeito à geometria dos quadros 29 mais recentes. A indústria percebeu que não adiantava adaptar as medidas e ângulos dos quadros padrão 26, o formato pedia o desenvolvimento baseado em parâmetros específicos, caso contrário, os principais defeitos da primeira geração de bikes 29 não seriam suplantados. As primeiras tentativas de produção do novo formato resultaram em bicicletas com reflexos lentos e com problemas de “toe overlaping” (quando a roda dianteira da bike faz contato com a ponta da sapatilha do biker em curvas mais fechadas e empinadas, por exemplo). O mercado Hoje no mercado americano as bicicletas de aro 29 já se tornaram uma realidade, pode-se dizer que são a nova mania cult dos bikers descolados e ávidos por novidades. Todas as grandes marcas investem no padrão, inclusive já existem mais de 50 tipos de pneus disponíveis aos consumidores. A realidade brasileira entretanto é muito diferente, até o momento poucos importadores manifestaram interesse nas Rodas Grandes, e pouquíssimas bikes de linha podem ser encontradas no país. Peças de reposição, nenhuma!

O que então levaria um biker há mais de 15 anos no esporte, que andava com full-suspensions há mais de 10 anos, a trocar as bem evoluídas aro 26 por uma hardtail aro 29? O fator “Fun” (divertimento) foi preponderante na minha escolha. Toda a literatura que encontrava a respeito das boas e modernas aro 29, invariavelmente enfatizava o prazer em se pilotar uma bicicleta cujo movimento-central está abaixo do eixo das rodas, é algo como estar dentro da bike e não sobre dela.

Keep 29eriding

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